CUIDADOS DA ENFERMAGEM COM AS DERMATITES DE CONTATO PELOS DERIVADOS DO PETRÓLEO.
Resumo
O estudo objetivou conhecer fatores desencadeantes da dermatite de contato-DC pelos derivados do petróleo (DP), relatar a técnica empregada nos cuidados e tratamento do paciente e descrever profilaxia. Pesquisaram-se publicações de revistas eletrônicas científicas (SCIELO), associado à leitura nos livros/manuais/cartilhas, e de artigos pertinentes e que traziam dados importantes e sem restrição de datas. A contaminação humana pelos DP pode ocorrer pela via dermal/respiratória/oral. Os jovens e o gênero masculino são os mais acometidos. As substâncias sensibilizantes mais encontradas estão no cimento e na borracha dos equipamentos de proteção individual-EPI. O processo inflamatório da DC inicia quando o agente (álcalis/ácidos/solventes) provoca a lesão da camada córnea, com aumento da permeabilidade e entrada de produtos que lesam os queratinócitos. A ação dos DP ocorre inicialmente sobre a barreira lipídica da pele, tornando-a ressecada. Fissuras e sangramentos podem surgir com eczematização desse órgão. Para o tratamento e a prevenção deverão ser utilizados compressa com água fria ou solução de Burow, costicosteróides sistêmicos como prednisona por 7-10 dias; costicosteróides tópicos para os casos brandos; anti-histamínicos orais para aliviar o prurido; e identificação/remoção da fonte irritante. As empresas devem proceder exames médicos periódicos e orientações aos trabalhadores, evitando recidivas e aparecimento de novos casos, pois estas geram desconforto, incapacidade profissional, mudança de função, diminuição da produção/rendimentos da empresa, e aumento dos custos médicos e previdenciários. A orientações da enfermagem devem servir como base para a saúde do trabalhador, estabelecendo educação rotineira tanto na conduta dos EPI, nos primeiros socorros e orientações do uso dos medicamentos após o desenvolvimento da Dermatites de Contato pelo Derivado do Petróleo.
